O pedido de indiciamento da Polícia Federal do ex-presidente Jair Bolsonaro não deve impactar os planos do PL para as eleições deste ano. Pelo menos essa é a visão do presidente do partido, Valdemar Costa Neto.
Questionado pela coluna do Estadão sobre o indiciamento do presidente de honra do partido, Valdemar foi taxativo:
“Isso não impacta as eleições. Nós queremos Bolsonaro em destaque na campanha do PL”, declarou.
Não é segredo para ninguém que Valdemar quer emplacar o maior número possível de prefeitos. A ideia do PL é tentar eleger pelo menos mil chefes de Poder Executivo Municipal.
Como registramos ontem, a Polícia Federal (PF) indiciou do ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito das joias sauditas. A corporação acusa o ex-chefe de Poder Executivo dos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.
Agora, o caso segue para as mãos do ministro relator do caso no STF, Alexandre de Moraes, e para a manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Além de Bolsonaro, a PF indiciou outros personagens como os advogados do presidente Frederick Wassef e Fabio Wajngarten, o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid e seu pai o coronel Mauro Lourena Cid.
Wassef e Wajgarten foram iniciados pelos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos; já Mauro Cid pode responder pelo crime de apropriação de bens públicos.
O ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque também foi indiciado, assim como o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara outro ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e o segundo-tenente Osmar Crivelatti que integrava o núcleo duro presidencial.
Bento pode responder pelos crimes de apropriação de bens públicos e associação criminosa. Marcelo Câmara foi indiciado apenas pelo crime de lavagem de dinheiro e Crivelatti foi imputado nas hipóteses de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O Antagonista