Bolsonaro não quer ser incluído em anistia, diz relator de projeto 

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O deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE) foi o escolhido para relatar o projeto de lei (PL) que prevê anistia para os condenados pela tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023. Sobre este tema, o parlamentar concedeu entrevista ao Ponto de Vista, de VEJA, nesta quinta-feira, 6. A nomeação para a relatoria foi feita pela presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputada Caroline de Toni (PL-SC).

Questionado se o ex-presidente Jair Bolsonaro poderia ser beneficiado pelo PL, Valadares afirmou que o capitão “não quer ser incluído dentro de uma possível anistia desses projetos”. O deputado relatou conversa com o ex-mandatário sobre a proposta, que teria deixado “muito claro” que o texto trataria apenas dos presos nos atos do 8 de janeiro.

O parlamentar ressaltou que “construir um relatório desse tipo dentro da Casa não é tão simples” e que o “diálogo” irá nortear o trabalho da relatoria na Comissão de Constituição e Justiça.  “Um projeto desse a gente não consegue fazer sem diálogo. E é isso que eu pretendo fazer: dialogar com os pares da casa, dialogar com os líderes da Casa, dialogar com as instituições e utilizar os nossos aliados pra que a gente possa fazer um entendimento do que é possível aprovar na CCJ e também depois no plenário da casa”, disse.

Valadares também defendeu o diálogo com o Supremo Tribunal Federal, que condenou os golpistas. Segundo ele, a aproximação com os ministros seria para “entender se existe a possibilidade de construção de algum tipo de anistia para essas pessoas do dia 8 [de janeiro de 2023]”.  Acho que é fundamental que a gente tenha esse diálogo franco, aberto, sem amarras ou espírito armado”, salientou, “Se os ministros nos atenderem, eu estarei satisfeito. Na Casa, irei procurar o presidente Arthur Lira e o nosso líder Elmar Nascimento pra que a gente possa construir dentro da Casa também essa rede de apoio”, acrescentou.

Por fim, o deputado disse que, na opinião dele, “não houve tentativa de golpe”, mas sim “quebra-quebra, vandalismo e balburdia”. “Por si só, esses atos não conseguiriam chegar nesse resultado de tentativa de golpe de Estado. O momento é de a gente tentar distensionar o nosso país, tentar buscar uma solução, um diálogo”, finalizou.

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