Entenda como investigação sobre esquema de venda ilegal de joias mira Bolsonaro

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Investigações da Polícia Federal sobre as vendas ilegais de joias presenteadas por autoridades internacionais colocam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em destaque. Apesar de o ex-chefe do Executivo não ter sido alvo direto da última operação sobre o caso, o relatório da corporação mostra que pode haver relação direta com base no uso de aeronave pública para transportar bens a ser vendidos nos Estados Unidos e em mensagem que organiza a entrega de dinheiro vivo a ele. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vê “determinação” de Bolsonaro para o esquema. A defesa do ex-presidente nega relação.

A Polícia Federal descobriu que, em 30 de dezembro de 2022, joias foram transportadas para os Estados Unidos no uso do avião presidencial de forma oculta.

Mensagem obtida pela investigação revelou suposto esquema para entregar a Bolsonaro US$ 25 mil “em mãos”. Os dois elementos, segundo as autoridades, posicionam, pela primeira vez, Bolsonaro na linha de frente das investigações. 

A operação de sexta-feira (11) teve como alvo o general Mauro César Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cid, o tenente do Exército Osmar Crivelatti e o ex-advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef. 

Na avaliação de Moraes, que liberou as buscas e apreensões de sexta, os dados analisados pela PF indicam a possibilidade de o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência da República (GADH/GPPR) — órgão responsável pela análise e definição do destino de presentes oferecidos por uma autoridade estrangeira ao presidente da República — “ter sido utilizado para desviar, para o acervo privado do ex-Presidente da República, presentes de alto valor, mediante determinação de Jair Bolsonaro”. 

A PF também pediu a quebra de sigilo fiscal e bancário de Bolsonaro e quer ouvir o depoimento dele sobre o caso para evoluir nas investigações. 

A defesa do ex-presidente afirmou que ele “jamais se apropriou ou desviou quaisquer bens públicos”. Na nota, a defesa diz também que Bolsonaro entregou as joias “voluntariamente e sem que houvesse sido instada” ao Tribunal de Contas da União (TCU), episódio que ocorreu em março deste ano. Entre os itens de luxo devolvidos, estão abotoaduras, um anel, um relógio, uma caneta e uma masbaha, objeto religioso.

À época, segundo os advogados, em momento algum o ex-presidente tentou se apoderar de bens que deveriam pertencer ao Estado.

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