Bolsonaro chora, diz que ‘não vai jogar toalha’, mas sentencia: “O Brasil não vai acabar dia 1º de janeiro”

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Jair Bolsonaro (PL) fez nesta sexta-feira (30) seu último pronunciamento como presidente da República. O chefe do executivo nacional encerra neste sábado (31) quatro anos de mandato à frente do Palácio do Planalto. A partir do próximo domingo (1º), Lula (PT) voltará ao comando da nação.

Durante a transmissão nas redes sociais, Bolsonaro disse que não ‘vai jogar a toalha’, mas pediu compreensão aos apoiadores. Desde o resultado das eleições de 30 de outubro, quando o petista foi considerado vitorioso, simpatizantes bolsonaristas estão acampados em frente a quartéis questionando o resultado das urnas. Alguns deles defendem intervenção militar.

“Não vamos jogar a toalha, vamos continuar fazendo oposição. O que nós queremos? Eu vou dizer que fui o melhor presidente do mundo? Não. Mas dei o meu sangue para o melhor dessa população. Eu trabalho de domingo a domingo, não estou reclamando. Fui chamado para ser candidato por um chamado de Deus. Não vamos achar que o mundo vai acabar no dia 1º de janeiro, não vai. Inteligência. Vamos mostrar que somos diferente do outro lado”, disse o gestor.

“O Brasil não vai se acabar no dia 1º de janeiro”

“Qualquer manifestação é bem-vinda, mas não queremos o confronto. Nem estimulo ninguém a ir para o confronto. Creio no patriotismo de vocês. Sei o que vocês passaram ao longo desses dois meses. Isso não é nada do que vai ficar perdido. Imagens foram para fora do Brasil. Aqui dentro despertou nas pessoas o porquê tivemos essas manifestações no Brasil. O pessoal passou a entender o que tende a se perder. Passou para muita gente a preocupação com o voto de cada um”, disse.

O presidente, no entanto, voltou a questionar o resultado das eleições. Ele afirmou que viveu uma campanha “parcial”, se referindo à Justiça Eleitoral.

“O voto você vê pelas ruas. Quem não leva povo para as ruas não tem voto. Nós levamos multidões para as ruas. Nunca gastamos um real para encher esses movimentos. Fizemos umas 30 motociatas pelo Brasil. Movemos multidões pelo Brasil. As esperanças de vitória eram palpáveis. Tivemos acusações e mentiras absurdas. Na questão das rádios, tinha mais espaço para um candidato do que para outro. Houve medidas da Justiça Eleitoral que ninguém conseguiu entender. Tivemos problemas. Foi uma campanha parcial”, frisou.

Bolsonaro também criticou o governo Lula. “O que eu vejo desse governo que vai assumir domingo, um governo capenga, já com muitas reações. Gente que votou lá e se arrependeu. Parte da população também”, afirmou.

Críticas à imprensa e decisões judicias

Sem citar nomes, o presidente criticou decisões judiciais que resultaram em prisões e busca e apreensões de bolsonaristas acusados de desinformação, tentativa de golpe e ataques a autoridades.

“Sempre lutamos por democracia e respeito a lei. Passei quatro anos mostrando a importância da liberdade para democracia. O oxigênio para democracia é a liberdade. Infelizmente não entendem o que é liberdade de expressão. Eu vejo hoje uma nação que está com medo de mandar uma mensagem de WhatsApp. Nossa liberdade está sendo tolhida”, disse.

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