Prefeitura de João Pessoa intensifica ações de combate a leptospirose em comunidades com histórico de alagamentos

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O Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses do Município (CCZ), da Prefeitura de João Pessoa realiza ações preventivas constantes de combate a leptospirose junto as comunidades da Capital com histórico de alagamentos. Estatísticas mostram que as enchentes contribuem para um pico no número de casos e que no Brasil, são registrados, em média, 3,7 mil episódios ao ano.

Segundo a Gerência de Vigilância Epidemiológica do Município, em 2021, João Pessoa teve 39 registros da doença causada pelo contato com a urina de animais infectados, como ratos, e transmitida ao homem principalmente nos alagamentos. Este ano foi notificado um caso, que está sendo investigado pelo órgão.

“Estamos trabalhando o ano inteiro de forma preventiva em todas as áreas que são propensas a proliferação de ratos, a exemplo de comunidades Ribeirinhas, como Porto do Capim e o Bairro São José. Também reforçamos as ações em outros bairros com histórico de alagamentos, que anteriormente só recebiam cuidados após o chamado da Defesa Civil. Os agentes fazem a visita domiciliar e trabalham desde a parte de educação ambiental ao controle de roedores em áreas externas de quarteirões”, detalhou Pollyana Dantas, gerente da CCZ.

Ela informou que o trabalho é realizado por um grupo específico criado para trabalhar a parte educativa e, quando necessário, fazer a aplicação de raticidas, a exemplo de feiras livres, praças, parques e cemitérios. “Essa aplicação é em área restrita e sempre protegida. Mas não trabalhamos com a desratização domiciliar”, frisou Pollyana Dantas, destacando que o trabalho acontece em áreas comuns e também em entornos de residências e quarteirões, além do sistema prisional e nos arredores dessas unidades.

Descarte de lixo- A Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) também é parceira do Centro de Zoonoses no combate a proliferação de roedores em terrenos abandonados, que devido o descarte indevido do lixo por parte da população são ambientes favoráveis à proliferação de ratos.

A engenheira ambiental da Emlur, Giovana Formiga, explica que resíduos deixados nas ruas, nos dias em que não há coleta no bairro, estão passíveis de serem rasgados por animais, ou levados pela água das chuvas, o que pode comprometer o escoamento da água nas galerias e calhas. “As pessoas precisam suspender essa prática para evitar a criação de ‘pontos de lixo’, que favorecem a proliferação dos roedores”, reforçou.

Leptospirose – O contágio se dá pelo contato direto com a urina dos animais infectados ou pela exposição à água contaminada pela bactéria  Leptospira, que penetra no organismo através das mucosas e da pele íntegra ou com pequenos ferimentos, e dissemina-se na corrente sanguínea.

O principal sintoma nos quadros brandos são olhos e pele amarelados. A urina também sai escura e em menor quantidade e surgem febre e dor muscular, especialmente nas panturrilhas e nas pernas. Já os pacientes que evoluem para a forma grave — cerca de 15% — terão síndrome de Weil, caracterizada por icterícia rubínica (a cor da derme muda para um tom alaranjado), insuficiência renal e hemorragia.

Onde procurar atendimento – A confirmação da doença acontece por meio de um exame de sangue. O serviço está disponível à população de João Pessoa em toda rede de saúde do Município – Unidades de Saúde da Família (USF), UPAs e hospitais.

Endereço – O Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses do Município está localizado na Avenida Walfredo Macedo Brandão, n° 100, Bancários. Telefones de contato: 3218-9357 e 3214-5718 (Disque Dengue).

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