Metro quadrado da construção civil de João Pessoa ficou 45% mais caro nos últimos cinco anos

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O que a população de João Pessoa vinha sentindo no bolso agora foi convertido em números. O custo médio do metro quadrado na construção civil de João Pessoa disparou nos últimos cinco anos. Ele está 45% mais caro. De acordo com os dados do Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) de dezembro de 2016 até o mesmo mês de 2021, o valor do metro quadrado da construção de um imóvel padrão subiu 44,24%, indo de R$ 994,62 para R$ 1.434,64. No mesmo período, a inflação acumulada do país, medida pelo o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 28,15%.

O índice Sinapi é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e possui dois componentes: mão de obra e materiais. Os gastos com terrenos, projetos e licenças, entre outros, não entram na conta. O custo de mão de obra na Paraíba subiu 26,76% nos últimos cinco anos, semelhante ao desempenho da inflação no período. Entretanto, a despesa com materiais desde 2016 disparou 58,04%, o dobro da inflação registrada no mesmo intervalo de tempo.

De acordo com o economista do Sinduscon-JP, Werton Oliveira, responsável pelo estudo, o resultado encontrado mostra a pressão de custos dos insumos que a indústria da construção vem sentindo ao longo dos últimos anos. “Os dados mostram claramente a guinada ascendente dos preços dos materiais a partir de junho de 2020 até o momento. Se analisarmos só a variação durante a pandemia (últimos 19 meses), é possível observar um crescimento de 41,60% nos custos com materiais”.

Para o Presidente do Sinduscon-JP, Wagner Brekenfeld, os dados demonstram como têm se tornando cada vez mais caro construir no nosso Estado. “Mesmo sabendo que a alta dos preços tenha ocorrido por pressões simultâneas de demanda e oferta no período da pandemia, com aumento do consumo de materiais de construção pelas famílias para reformas domésticas e a quebra da produção de insumos em várias partes do globo, respectivamente, foram fundamentais para os impactos verificados diretamente no custo da construção local”.

O presidente ainda ressalta que esse tema tem sido um tópico de extensos debates nas reuniões de diretoria do sindicato desde o início da pandemia, e que uma das soluções encontradas pela entidade nessas reuniões foi “a criação de até grupo de compras que monitora os preços dos insumos e compartilha as informações com as outras empresas associadas para tentar minimizar os efeitos negativos dessa elevação de preços”.

 

Suetoni Souto Maior

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